terça-feira, 6 de outubro de 2009

Orfandade

"Meu Deus,
me dê cinco anos.
Me dê um pé de fedegoso com formiga preta,
me dê um Natal e sua véspera,
o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dê a negrinha Fia pra eu brincar,
me dê uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dê minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande.
Ó meu Deus, meu pai,
meu pai."

Adélia Prado

Quem sou eu

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Agora eu não consigo definir. Durmo esposa, acordo mãe, saio de casa veterinária, dirijo roqueira, ligo pra alguém amiga. Acabei passando a maior parte do dia psicóloga.