sábado, 19 de abril de 2008

Asnoites de pestanas...


Aconteceram só no final...mas foram muito intensas, e eu me lembro delas com muitas saudades.

Havia todo um ritual que precedia as nossas noites de pestanas, quando tomavamos um vinho, beliscando salada de rúcula, e depois de um longo banho, juntávamos todas as nossas maquiagens sobre a mesa, para começar a festa.

Lembro de uma sombra azul turquesa, que a mão da Arentina trouxe da Paris, que parecia capaz de iluminar o rosto todo. Como eu cobiçava esta sombra....

Aí então, cada dia que passava , nós nos aperfeiçoavamos mais nesta arte, e saíamos de casa irreconhecíveis...lindas.

Me lembrei disso hoje, porque , por algum motivo que não sei, entrei de novo em uma fase pestanas, e não consigo sair de casa sem elas....Mas melhora até a nossa alto estima, todos me olham diferente.
e eu amOooooooooooooooooo!!!!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

No cio.

A fêmea no cio tem cada dia uma estória diferente para contar, e enxerga as mesmas coisas diferente a cada dia.




Que falta que faz a drenalina corendo na veia e o gosto do sangue na boca.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Ei..você está ouvindo?????


A tempestade.
Ela está se aproximando...e eu quase posso sentir o gosto na minha boca.Não costuma falhar.

Este nó apertado no peito, e a sensação de que tem algo de errado, eu sei até com o que, mas tenho de esparar ...amanhã, a esta hora já posso dizer....mas por enquanto apenas consigo sentir, que a tempestade esta se aproximando.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O gato comeu a cigarra.

Já vai fazer séculos, mas ontem ouvi uma cigarra cantando e me lembrou uma sinistra passagem, da época da minha Rep da faculdade.

Nós havíamos mudado, para o que na época era a casa dos nossos sonhos, no centro, em frenta a pizzaria mais charmosa da cidade ( não tínhamos dinheiro para comer nela, mas nosso passatempo predileto, era sentar na varanda , observar as mesas e adivinhar os sabores que eles estavam comendo.)
Enfim, uma casa térrea, bem diferente dos 3 apartamentos que morávamos anteriormente...liberdade.

Nessa época o nosso tríangulo estava abalado pela força dos 5 anos de convívio obrigatório, por peças de roupas roubadas, e namoros com pintos finos...então, fícavamos quase que o tempo todo somente eu e a Arentina, como neste dia.

Não me lembro ao certo, mas ocasionalmete, tínhamos por compania também a cannabis, coisa de estudante, e acho que este dia foi um destes.

Mas independente deste detalhe, tudo de fato ocorreu como trascrevo.

O gato, chamava Romeu, ou RRRRRomy, ou ás vezes Mi Cielo, como a portenha carinhosamente o apelidou.

Um vira-latas autêntico, pêlo branco e cinza, agora conhecido também como Brazilian short hair, tinha olhos de um amarelo que eu nunca mais ....

Achei ele pequenino, em baixo de um carro, todo sujo de graxa. Era dias dos namorados, então demos a ele o nome de Romeu.

Ele viveu sempre conosco em apartamentos, olhava suculento á vida da sacada abaixo, e depois que nos mudamos para uma casa, passava o dia fugindo da gente, e descobrindo como era boa a vida de uma gato livre...

Em uma das noites que estávamos só nós duas, ( ahh,e talvez quase com certeza a cannabis), e sei lá que assunto que leva á outro, e por fim alguma estória sinistra, que nos faz ficar olhando para todos os lados, sem querer admitir, mas já ficando com medo...

Eis que surge o Romeu, com os olhos maiores do que nunca, e mais amarelo do jamais havia sido....com um ar de espanto mas com contentamento....se coloca no canto da cozinha e nos encara sem se mover.

E um som chega junto com ele, algo difícil de descrever, como se estivesse preenchendo todo o ambiente, como se vibrasse, alto, sinistro...

Uma olha espantada para cara da outra, sem saber o que é isso, vamos de um lado á outro tentar saber de onde vem o som....e só piora, a hora quem percebemos que vem da boca do bichano..ele tem até que um certo sorriso, sarcástico, como se não conseguisse fechar os lábios, como se soubesse que idiotas nós éramos, como estávamos altas e com medo...com medo dele!

Parecia surreal, pois por um momento vimos que aquele som realmente vinha dele, que ele realmente nos olhava com sarcasmo, parecia que estávamos em um filme...como aquele gato poderia estar fazendo aquele som tão estridente? Como ele podia nos olhar como que sabendo do nosso medo? E aquele sorriso....o que significava, aquele sorriso?

Então, com um puta cagaço, fomos nos aproximando dele, e o som ficando mais alto, assim como nosso espanto....a boca dele, não se fechava, não porque ele sorria..mas porque tinha um a coisa dentro dela...parecida com uma pedra...aí o mistério se desfez.


Ele tinha, uma cigarra na boca, e ela fazia aquele som estrondoso, que na boca dele, só fazia acústica aumentar..e aqueles olhos amarelos esbugalhados, com um misto de sorriso sarcástico...e uma dose de cannabis...fez as duas trouxas quase se borrarem.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Decidido..vou descabaçar.


Já faz um tempo que eu acabo enrolando e me achando so boring, que desencano e não posto nada.
Até que caí na real de que isto é uma ode a mim mesma, afinal quem mais vai ler esta bosta além de mim....nobody!!!!!

Então vou falar do que hoje passa por dentro de mim....vergonhoso...acho que por isso escolhi postar vermelho...mas é a inveja hoje o sentimento que me corroí.

Não sei nem de quem, acho que o pior ..sei e não aceito.
Tenho inveja de mim, não o meu eu de hoje, mas um eu de ontem, de anos atrás....da vida tranquila e solta, dos anos de republica e vida louca.

Mas onde foi no meio deste caminho que eu me perdi de mim? O que falta nos meus abastados dias de hoje, que me sobravam nos antigos dias...
Para onde eu posso correr, ou gritar, ou fugir e me trancar.?


I had become confortably numb.........

Quem sou eu

Minha foto
Agora eu não consigo definir. Durmo esposa, acordo mãe, saio de casa veterinária, dirijo roqueira, ligo pra alguém amiga. Acabei passando a maior parte do dia psicóloga.